segunda-feira, 18 de junho de 2007

Jardim interior

Todos os jardins deviam ser fechados,
com altos muros de um cinza muito pálido,
onde uma fonte
pudesse cantar
sozinha
entre o vermelho dos cravos
O que mata um jardim não é mesmo
alguma ausência
nem o abandono...
O que mata um jardim é esse olhar vazio
de quem por eles passa indiferente.

Jardim interior, Mario Quintana

3 comentários:

Anônimo disse...

Registro minha visita a este espaço virtual e já o integrei á lista de meus favoritos.

toniachalu disse...

Olhar para o jardim como quem nada vê é pecar solenemente contra sua beleza e significado. Assim, olhar para esse blog despretenciosamente induz ao mesmo "pecado", sobretudo quando se sabe que ele representa uma ponta de esperança diante da maioria do conteúdo a que a internet "de massa" proporciona.
Adorei o poema. Adorei a idéia.
Serei uma visitante assídua.
Espero fazer desse universo diversificado de blogs uma tentativa de exercitar o Aleph da melhor maneira possível.

Walrus disse...

Ótimo esse novo ponto de observação do universo!
Estarei sempre por aqui!